segunda-feira, 31 de março de 2014

Como dizer Adeus!

Brasnorte, março de 2014.



O circo ficou em frente à Câmara Municipal e o terreno era todo gramado. Foi a cidade em que Flora e eu mais nos apegamos às pessoas. Com as crianças do departamento de cultura passamos tardes divertidíssimas. E o fato de ter crianças entre essas pessoas não é mera coincidência,  ter crianças na vida, deixa muitas pessoas mais sensíveis, mais próximas, quase empáticas! Fomos à segunda aldeia do Mato Grosso, a Cravarí (vai ter post sobre...)

Mas houve quatro crianças mais chegadas, com idades entre 2 e 11 anos... Emile,  Diogo, Giovana e Isa. Eles passaram algumas manhãs, tardes e até espetáculos brincando. Flora e Isa se tornaram amigas, como só crianças de dois anos sabem ser, trocavam sempre de sapatos, arrancavam grama para jogar ma cabeça uma da outra, se penduravam nos mastros , corriam pelo circo, assistiam e imitavam o espetáculo. Mas também brigavam muuuuito. Por brinquedos, por sapatos, por nada!

Então eu fui me deixando levar pelas conversas, pelos almoços e as tardes com as crianças no circo que nem vi o tempo passar... Já era tempo de dizer adeus, mais uma vez e desta vez para Flora não foi tão fácil. A saudade ficou no coraçãozinho dela. Aquela lembrança diária... pergunta sempre, mas cada vez menos (o tempo o senhor dos destinos) Cadê Isa? Chamou, dia desses, uma boneca de Isa... Dá uma dorzinha no coração. Mas lidar com perdas não é o que nós fazemos o tempo todo? Nessa viagem circense há uma lente de aumento em algumas situações e nos sentimentos também.